Quando falamos de computadores, logo pensamos em seus vários componentes, um deles é a unidade de armazenamento, que pode ser HD ou SSD tipo SATA. Apesar de ainda ser muito comum, os HDs estão perdendo espaço rapidamente para os modernos SSDs.
A popularização do armazenamento SSD, se deve a sua qualidade, a maior velocidade e principalmente pelo fato de poder substituir o HD em qualquer tipo de computador, pois usam a mesma interface de conexão, a SATA ou Serial ATA, abreviação de Serial Advanced Technology Attachment.
Vamos explicar as principais características da tecnologia do componente SSD tipo SATA.
Por que o armazenamento SSD é melhor?
O Solid State Drive, conhecido pela sigla SSD, é um componente construído a partir de módulos de memória tipo flash e circuitos eletrônicos, que diferente do HD que funciona mecanicamente, não possui partes móveis ou eletroímãs. Ou seja, é um módulo único com circuitos integrados, mais leve, eficiente e veloz que o HD, além de mais seguro contra acidentes físicos.
O SSD tipo SATA opera a velocidades médias de 550 Mb/s, o que é muito maior que a média de um HD, que gira em torno de 120 Mb/s, melhorando o desempenho até de máquinas mais antigas.
O que é um SSD tipo SATA?
Antes de tudo, para entender corretamente o que é SSD tipo SATA, é preciso saber que a nomenclatura SATA é usado para o tipo de conexão física e para a interface lógica, é importante entender esta diferença pois atualmente existem SSDs, que podem possuir a interface SATA porém, usar outra conexão, como o tipo M.2, por exemplo.
Interface SATA
O protocolo de comunicação SATA, comum em HDs, DVDs e SSDs é uma interface lógica usada para fazer a comunicação do componente com a placa mãe de um computador. Elaborado para ser seguro e proporcionar boa velocidade de troca de dados, sem interferências.
Lançado em meados dos anos 2000, é construído para substituir a interface Parallel ATA, conhecida como PATA.
A interface SATA consegue operar em frequências superiores a PATA, o que resulta em mais informações transmitidas simultaneamente, mesmo com o perigo de ruídos, já que a conexão serial de 80 pontos atua como uma proteção evitando este problema.
O SSD tipo SATA possui diversas versões, cada versão trouxe um aprimoramento e melhor performance em comparação com a anterior. Confira uma descrição de cada versão:
SSD tipo SATA 1
A primeira versão de interface SATA trabalha com um alcance máximo de transferências de 150 MB/s com uma frequência de 1,5 GHz.
SSD tipo SATA 2
A segunda versão surgiu em 2004, com a característica principal de alcançar transferência de dados de até 300 MB/s, o dobro do SATA 1. Apesar de usar a mesma codificação, a melhoria na velocidade foi possível, devido principalmente à frequência de 3 GHz.
SSD tipo SATA 3
O último aperfeiçoamento foi lançado em 2009, chamado de SATA 3. Esta versão permite taxas de transferências de até 600 Mb/s e trabalha com frequência de até 6 GHz. Além disso, possui um melhor gerenciamento de energia e é compatível com equipamentos mais compactos, já que é possível fabricar eles com conectores de 1,8 polegadas.
A interface SATA 3 é a mais interessante para as unidades de armazenamento SSD, já que utilizam memória do tipo Flash e podem alcançar as taxas de transferência que esse protocolo proporciona.
Depois do lançamento do SSD tipo SATA 3, este passou por diversas melhorias, sendo a última em 2018, conhecida como SATA 3.4.
Conectores SATA
As conexões do tipo SATA tem três vantagens principais: encaixe fácil, segurança e são compactos, é impossível conectar um cabo SATA invertido, por exemplo.
O conector SATA possui uma via para envio e outra para recebimento de dados, o que permite a troca de informações em simultâneo.
Um detalhe importante é que os recentes SSD M.2, podem possuir a interface lógica SATA, porém com outro tipo de conector, a chave M.
Outros tipos de SSD
A maioria dos equipamentos que têm SSD possuem o tipo SATA, porém este não é o único padrão que existe.
Um modelo de interface lógica que vem ganhando popularidade é o SSD NVMe, que pode oferecer até cinco vezes mais velocidade do que o SSD tipo SATA, que é em média 10 vezes mais veloz que um HD. Porém os preços de um SSD NVMe são proporcionalmente mais elevados.
Além do SSD tipo M.2, que pode usar interface lógica SATA ou NVMe, existem também os menos comuns como o AIC e o U.2, e muitas outras variações.
E com o avanço da tecnologia vários novos modelos ainda vão surgir, porém por um longo tempo o SSD tipo SATA ainda será o melhor em custo-benefício.
O custo-benefício do SSD tipo SATA
O SSD tipo SATA está cada vez mais acessível devido ao aprimoramento tecnológico e a livre concorrência dos fabricantes no mercado, porém ainda são mais caros que HDs, se considerado apenas o custo por gigabytes.
Por isso, HDs ainda são recomendados para o armazenamento de grandes volumes de dados. Agora se este não é seu caso, um SSD tipo SATA 3, com velocidades muito superiores a um HD comum e um espaço de armazenamento confortável de 240GB é totalmente viável financeiramente.
Portanto, sendo o melhor em quase todos os quesitos em comparação ao HD, perdendo somente no custo por gigabytes, e tendo o melhor custo-benefício em comparação com os modelos mais recentes, o SSD tipo SATA, é o melhor upgrade para o seu equipamento, seja desktop ou notebook, de qualquer marca e ano de fabricação.
Isto inclui máquinas antigas com processadores considerados obsoletos, já que o HD é o principal ponto de lentidão na execução de processos de leitura e gravação.
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